Rio - A polêmica entre Beto e o vice-presidente de futebol do Flamengo, Walter Oaquim, teve mais um capítulo neste domingo. O meia declarou que sua permanência no Flamengo em 2002 depende do afastamento do dirigente.
“Tenho vontade de ficar no Flamengo, sempre deixei isso claro. Mas só acontecerá se ele (Oaquim) sair. Faço questão disso”, afirmou Beto.
A briga começou sexta-feira, quando Beto acusou os dirigentes de terem adulterado a data de encerramento de seu contrato de dezembro de 2001 para janeiro de 2002. Oaquim retrucou e usou como prova um termo de empréstimo entre São Paulo e Flamengo. A nova exigência do meia irritou o dirigente. “Ele (Beto) é pago para jogar futebol, não para decidir o futuro do Flamengo”, reclamou.
Sábado, Júlio César e Reinaldo criticaram o fato de Oaquim ter mostrado o documento aos jornalistas. No início do ano, o fato de o dirigente declarar à imprensa o valor dos salários de parte do grupo irritou os jogadores.
Comenta-se no clube que uma comissão de diretores assumiria o futebol no ano que vem, mas Edmundo dos Santos Silva nega. Oaquim promete reagir, caso a exigência de Beto seja aceita. “Seria o fim. A hierarquia do clube seria queimada”, disse o dirigente. “Não mostrei contrato nenhum. Se tivesse mostrado estaria errado, pois seria um documento bilateral.”
Tanto Beto quanto Oaquim disseram ter o apoio de Edmundo Silva. O meia disse que recebeu do presidente a promessa de que a diretoria mudaria em 2002.