Rio - O clima de guerra está instalado. A notícia de que o ônibus da delegação do San Lorenzo foi apedrejado por torcedores rubro-negros antes da primeira partida no Maracanã caiu como uma bomba em Buenos Aires. Por isso, o técnico Carlos Alberto Torres está conversando com os jogadores para o time não entrar nas provocações adversárias.
“Vamos jogar futebol. Aqui ninguém está impressionado com a pressão. Vamos nos preparar para jogar contra o San Lorenzo e não para uma guerra”, declarou o Capitão do Tri.
A diretoria já prepara um esquema de segurança para acompanhar a equipe. A pedido dos jogadores e do técnico Carlos Alberto Torres, quatro seguranças – Mário, Carlão, Marcelão e Éder – que já acompanham a delegação após o ataque ao ônibus em São Paulo, vão viajar para a Argentina. Um reforço ainda é estudado e provavelmente mais seguranças também acompanharão a delegação.
Além disso, o clube já entrou em contato com a polícia argentina para pedir escolta desde o desembarque até o momento do jogo. “É um jogo internacional e a Confederação Sul-Americana vai estar de olho em tudo o que vai acontecer. A grande preocupação é trabalhar a cabeça dos jogadores, para que o clima não influencie o desempenho do time em campo”, afirmou Torres.
Beto concorda com o treinador. “Temos que pensar no jogo e não nos problemas extra-campo. Espero apenas que o jogo vire uma guerra como foi contra o Peñarol”, disse, referindo-se à partida contra a equipe uruguaia em 99, pela Mercosul, em que houve uma briga generalizada.