São Paulo – O meia Petkovic não é o único desafeto do atacante Edílson no elenco do Flamengo. O Capetinha revelou, em entrevista ao jornal O Dia, que o goleiro reserva Clemer é um dos ‘líderes’ de um complô contra ele.
Devido a esse clima, Edílson diz que não tem mais vontade de ‘suar’ pelo time da Gávea. “Tenho um monte de divergências no grupo. Gente de quem realmente não gosto. Perdi o tesão de treinar lá”, disse o atleta em São Paulo, antes de embarcar para a Bahia, onde passa férias.
O Captinha disse que vai assistir pela TV à final da Copa Mercosul, quarta-feira, contra o San Lorenzo. Ele foi expulso na primeira partida da decisão, no Maracanã, e acabou vaiado pela torcida rubro-negra. “A torcida ficou pensando: ‘xingo ou não xingo?’ E a Raça (torcida organizada) puxou o coro. Aquilo não me afeta. Acabei prejudicando o Flamengo.”
Edílson contou que Clemer virou seu desafeto no meio do ano. Na ocasião, o atacante jogou um copo de urina em atletas que estavam nos bancos de trás do ônibus do Fla e acabou atingindo o goleiro. “Ele é um dos líderes, mesmo não jogando. É um cara velho, que tem os meninos na mão. A gente não se fala desde aquele episódio.”
A seu favor, o Capetinha diz que tem alguns colegas no elenco. “Sou amigo dos mais novos: do Roma, do Cássio e do Alessandro. Sou amigo do Beto e do próprio Júlio César, com quem tive uma briguinha.”
Mais uma vez, Petkovic foi alvo de críticas do atacante, que concordou com o técnico Zagallo. O Velho Lobo havia afirmado que o iugoslavo simula contusões para não jogar. “Quem está no dia-a-dia sabe quem é o errado. Defendi a Seleção Brasileira e, no dia seguinte, joguei pelo clube. Zagallo e Carlos Alberto sabem quem dá ‘migué’ para não treinar.”
Sobre o futuro, Edílson afirmou que tem várias propostas, mas não quis confirmar que vai deixar a equipe da Gávea. “Todo mundo está correndo atrás de mim. Tenho de ver o que será melhor para mim e para o Flamengo, que deve ceder em algumas coisas para que eu possa sair.”