Rio - Em reunião do Conselho Deliberativo na noite de segunda-feira, o Flamengo tomou uma decisão inédita e que não está prevista no estatuto: a criação de um Comitê Gestor para acompanhar de perto todos os gastos do presidente Edmundo dos Santos Silva. Ou seja, todos os seus cheques serão fiscalizados. Além disso, o orçamento reivindicado pelo dirigente para 2002 sofreu redução de mais de R$ 10 milhões.
Embora a idéia da criação do Comitê Gestor tenha partido do Conselho de Administração, o presidente garante ser o mentor. E afirmou que nomeará os integrantes do comitê. “Eu vou escolher os nomes que vão me ajudar”, disse Edmundo dos Santos Silva.
O orçamento para 2002 sofreu redução de cerca de 15%. Edmundo Silva queria ter direito a gastar R$ 70 milhões, mas os conselheiros e só permitiram que ele disponha de R$ 59,8 milhões.
Para chegar a esta quantia, o clube terá que obter R$ 10 milhões com a transferência de jogadores. Edmundo ainda terá de gerar mais R$ 5 milhões com projetos alternativos para fechar a conta, já que o Flamengo tem R$ 45 milhões de receitas fixas previstas para 2002. Mais: haverá corte de 25% nos altos salários.