Paris - Cerca de 200 funcionários e simpatizantes de Alain Prost se reuniram no centro de Paris na sexta-feira para apoiar a batalha pela sobrevivência de sua escuderia de Fórmula 1 e lançar um apelo a potenciais fontes de ajuda, enquanto a empresa, atolada em dívidas, mergulha em crise.
Usando bonés e cachecóis Prost, funcionários da fábrica disseram que o encontro diante do Ministério das Finanças francês foi organizado sem a participação do tetracampeão mundial de Fórmula 1, cuja escuderia se encontra sob administração judicial, onerada com dívidas de cerca de 28 milhões de dólares.
"Não estamos aqui pelo dinheiro, mas para divulgar nossa mensagem", disse o representante dos funcionários, Franck Doyen, acrescentando que espera que o governo ajude a encontrar um sócio capaz de manter a empresa em mãos francesas.
Segundo Doyen, o administrador judicial confirmou na sexta-feira a existência de duas ofertas sérias pela escuderia, mas negou-se a dar maiores detalhes. Fãs de Alain Prost vindos de Marselha enfrentaram o frio da capital francesa para manifestar seu apoio aos funcionários.
"Queremos manifestar nosso apoio moral, por isso viemos aqui hoje, para mostrar que a escuderia deve continuar e que deve permanecer 100 por cento francesa", disse Anne-Marie Theverin, tremendo de frio numa malha com o logotipo Prost.
Stephan Ribert, organizador do encontro e funcionária da fábrica de Prost em Guyancourt, 30 quilômetros a oeste de Paris, disse que os funcionários querem que o público recorde que o que está em jogo é a empresa inteira, e não apenas um homem só.
"Quando as pessoas pensam na Prost Grand Prix, vêem apenas Alain e se esquecem de que por trás dele há 200 profissionais altamente especializados, além dos apoiadores, munidos de conhecimentos profundos", disse Ribert.