Rio - O presidente da UFA avisa que será preciso tempo para resolver definitivamente o problema de atraso de salários no Fluminense. A empresa negocia uma parceria semelhante com o Atlético-PR.
A realidade de atrasos nos salários chegou ao Fluminense. Isto preocupa a UFA?
Jöschen Lösch: Não. O problema no Fluminense é recente. Há um buraco e o clube precisa de ajuda. Estamos tentando um auxílio além da parceria. Se não conseguirmos, o clube pode romper conosco em três meses. O clube pediu isto e aceitamos. Podemos fazer um empréstimo ou buscar investidores. Mas isso não se resolve de um dia para o outro. Nossa empresa é grande e precisamos consultar vários setores.
As conversas com Adidas e Unimed, cujos contratos estão no fim, já começaram?
Jöschen Lösch: Estamos conversando com as duas e com outras empresas interessadas. Queremos que o clube estréie no Rio-São Paulo com tudo definido e, se for o caso, com nova camisa. Mas há pouco tempo.
Como a UFA pretende participar no centenário do Fluminense?
Jöschen Lösch: Vamos tentar um amistoso para julho, na Europa. O Real Madrid, que faz 100 anos, dificilmente vai nos enfrentar, pois tem um torneio com Milan e Bayern de Munique. É difícil encaixar o Fluminense lá.
O contrato de parceria vai se voltar apenas para o futebol do Fluminense?
Jöschen Lösch: Não, vamos trabalhar em todos os setores do clube, em todas as modalidades. Só não vamos mexer com os direitos de TV, porque não seria justo. Há contratos operados pelo Clube dos Treze, por exemplo. São contratos bons.
Então não se deve esperar um grande aumento de receitas a curto prazo?
Jöschen Lösch: Exatamente, temos os pés no chão, como o Fluminense. Aliás, o futebol do Rio já percebe que deve se trabalhar dentro da realidade, respeitando conceitos como o teto salarial.
Como a UFA, que tem contrato com o Vasco, vê a assinatura do clube com a New Media?
Jöschen Lösch: Com paciência e tranqüilidade. Apesar do que Eurico Miranda tem dito, o contrato não foi assinado. Quando estiver, vamos conversar com a New Media. Ela já mostrou desejar que a nova empresa que será criada seja administrada pela UFA.