Madri - O argentino Héctor Cúper, treinador do Inter de Milão, disse que Ronaldo, Vieri e outras grandes figuras de sua equipe "são meninos absolutamente normais, apenas jogadores de futebol".
Para ele, dirigir superestrelas como o brasileiro Ronaldo, os italianos Christian Vieri e Francesco Toldo ou o uruguaio Álvaro Recoba não é difícil, já que considera que "neste aspecto as coisas são superdimensionadas".
"São apenas jogadores de futebol, e se são bons, muito melhor. Por isso tenho a obrigação moral de exigir mais deles, porque sabem mais", disse o técnico argentino à revista espanhola "Don Balón".
Sobre Ronaldo ele considera que é "igual a todos, mas a diferença está nessa nuvem que se forma ao seu redor. Tem uma vida muito complicada porque sua popularidade o impede de fazer certas coisas. Por isso, costumamos tomar precauções quando vamos aos hotéis ou nos movimentamos muito".
Cúper entrou paa o Inter após três temporadas na Espanha, onde adquiriu prestígio internacional, tanto no Mallorca como no Valencia, e manteve a equipe italiana na segunda posição no campeonato, a apenas um ponto do Roma.
A derrota no clássico contra o Milan não deve modificar, segundo sua opinião, um trabalho a longo prazo. "Perdemos e isso doeu muito, mas uma partida não pode modificar todo o trabalho. Estamos falando de um trabalho sério, a longo prazo. Não podemos achar que somos deuses quando ganhamos, nem os piores quando perdemos".
"Acho que foi uma boa lição perder o clássico. Depois da derrota contra o Milan", disse, "notei a reação nos jogadores. A equipe respondeu e o presidente nos apóia".
Sobre suas possibilidades como futuro técnico argentino, Héctor Cúper se mostrou cauteloso: "Estou cheio de orgulho por ter sido lembrado para a seleção argentina, mas tenho dois anos de contrato com o Inter e não posso pensar nisso. Mas é bom estar na lista".
Cúper acredita que sua equipe anterior, o Valencia, "é um clube muito bom", mas que não encontrou apoio total. "Eu também não gosto de estar em um lugar no qual não estou bem comigo. Com certeza que não era generalizado, mas não estava muito de acordo comigo. A solução foi fácil: meu contrato terminou e eu saí", finalizou.