Paris - O dono da escuderia Prost Grand Prix, Alain Prost, afirmou nesta terça-feira que está otimista sobre a chegada de novos investidores que podem salvar a marca, posta sob controle judicial devido a suas dívidas, mas acrescentou que é preciso esperar até o dia 15 de janeiro para saber mais detalhes.
"Atualmente sou bem mais otimista, mas há que esperar até o último momento", disse Prost, quatro vezes campeão do mundo, para a emissora de rádio francesa RMC Info.
Assim, o ex-piloto não confirmou nem negou as informações divulgadas ontem que afirmam que um grupo francês estaria disposto a investir mais de 44 milhões de euros na escuderia.
"De acordo com o administrador judicial, decidimos não comentar esse tipo de notícia. Tudo acontece muito rápido, é verdade que temos cinco ou seis ofertas (...) mas é preciso esperar até o dia 15 de janeiro", afirmou Prost.
Essa data foi fixada como limite pelo administrador judicial para encontrar um novo sócio em tempo suficiente para inscrever a equipe no campeonato de Fórmula 1, que dará sua bandeirada inicial no próximo dia 3 de março, no circuito australiano de Melbourne.
Até que as coisas não estejam arrumadas, Prost não irá comentar nenhuma informação. "Há um mês tínhamos assinado dois acordos, um deles muito sério e depois não teve efeito. O dinheiro não chegou nunca. É preciso concretizar as coisas", disse o tetracampeão do mundo.
Prost também não comentou as possíveis formas nas quais o novo sócio entraria na empresa. Segundo a imprensa francesa, a empresa que faz a oferta para o grupo gaulês deve assumir suas dívidas, comprar a escuderia por um euro simbólico e propor ao ex-piloto o posto de diretor esportivo.
"O professor", como é conhecido, se mostrou disposto a deixar a presidência da escuderia, mas afirmou que "ocupará um posto importante".
A escuderia Prost, fundada em 1997 pelo prestigiado piloto francês, foi colocada sob o controle judicial no dia 22 de novembro, por causa de suas dívidas estimadas em 30,5 milhões de euros.
No ano passado, alcançou a nona colocação na categoria de construtores, concorrendo com onze participantes, conseguindo quatro pontos. No ano anterior ficou em último.
Atualmente, o tetracampeão do mundo possui 51,3 por cento das ações, o brasileiro Pedro Díniz 40 por cento, LV Capital 5,4 por cento e a Yahoo 2,9 por cento.