Sydney - Sempre há um lugar vago nas partidas de tênis disputadas por Alexandra Stevenson nesses dias -- o lugar está reservado para um homem que ela não verá nunca mais.
O homem é Manny Del Valle, um bombeiro de Nova York que a tenista encontrou durante o último Aberto dos EUA. Ele era o acompanhante dela, levando-a até as partidas e buscando-a depois das disputas, em Flushing Meadow.
Del Valle era 12 anos mais velho que Stevenson, mas os dois identificaram-se rapidamente e combinaram um jantar no World Trade Center (WTC) na quinta-feira depois da final do Aberto dos EUA, que aconteceu no dia 9 de setembro.
Stevenson esperava começar um namoro naquele dia, mas Del Valle nunca compareceu ao encontro. A última vez que o viram vivo foi na manhã do dia 11 de setembro, subindo as escadas da torre norte do WTC.
Um mês depois, escavações encontraram os restos de seu corpo na escadaria B do edifício.
Na parede do escritório de Del Valle, havia uma folha de jornal em que aparecia Stevenson, a promissora esportista que surpreendeu o mundo do tênis ao chegar nas semifinais de Wimbledon em 1999, caindo no ranking depois disso.
Quando a tenista soube que o corpo de Del Valle havia sido encontrado, ela chorou por um mês. Suas lágrimas já secaram, mas a jogadora ainda sente tanto a perda dele que ainda lhe reserva um lugar em suas partidas no caso de ele aparecer.
``Ele era um pouco mais velho, e minha mãe não estava muito satisfeita. Mas ele era muito agradável e um verdadeiro cavalheiro'', afirmou Stevenson.
``Nunca aconteceu nada realmente entre nós dois, mas naquele curto espaço de tempo ele abriu meus olhos e me ajudou a atravessar aquele período difícil da minha vida. Fui eliminada do Aberto dos EUA pela quarta vez consecutiva na primeira rodada e ele me deu um livro de citações para me motivar.''