Rio - Longe dos altos muros de São Januário e independente da presença de Petkovic, Juninho quer cair nas graças da nação rubro-negra. Ainda um pouco tímido por estar convivendo em Paraíba do Sul, com jogadores que até há oito meses eram inimigos na final do Campeonato Estadual de 2001, o meia pretende curtir a vida de ídolo da maior torcida do país, a conquistando com futebol objetivo.
“Pretendo ser ídolo no Flamengo. Minha característica de jogo, partindo para cima, buscando o gol, agrada. Idolatria significa que a torcida está satisfeita”, diz.
Sempre firme em suas posições, ele admite que a cobrança será bem maior por ter trocado o Vasco pelo Flamengo, mas parece, ao mostrar tamanha tranqüilidade, ter a senha para conquistar 35 milhões de corações apaixonados.
“Como quero melhorar sempre, pretendo ter um desempenho melhor com a camisa do Flamengo do que com a do Vasco. Estou preparado para as cobranças.”
Juninho reconhece que os louros da fama não têm dimensão, porém faz uma advertência: o fracasso é tão grande quanto o sucesso. “Nada se compara ao Flamengo. Você é mais visto por todos. O sucesso pode ser maior, mas conversei com alguns jogadores que comentaram as dificuldades quando o time esteve mal no Campeonato Brasileiro”, frisa.
Sem dúvida, o futebol ofensivo é o trunfo para ser amado. Mas o simples Juninho começa a ganhar votos de confiança com o comportamento exemplar fora de campo. Na hipótese cada vez maior de dividir espaço com Petkovic, o meia não hesita em apontar o verdadeiro dono da camisa 10.
“Não gosto de polêmica, não quero meu nome em ti-ti-ti. Não pedi no meu contrato que fosse o dono da camisa 10. Se a camisa tivesse disponível, gostaria de usá-la. Mas se o Pet chegar, a camisa é dele.