Buenos Aires - O Boca Juniors, atual bicampeão da Copa Libertadores da América, recusará a diminuição nos prêmios do torneio proposta pela empresa que tem os direitos da televisão, disse nessa quarta-feira o presidente do clube argentino, Mauricio Macri.
Segundo o maior dirigente do Boca, a mesma postura expressou à Associação de Futebol Argentino (AFA) José María Aguilar, presidente do River Plate, que representará o futebol do país no torneio com a equipe do Oficinas, do Vélez Sarsfield e do San Lorenzo.
O presidente da AFA, Julio Grondona, participará nesta quinta-feira, de uma reunião extraordinária da Confederação Sul-Americana de Futebol (CSF) na qual informará sobre a diminuição que a empresa T&T pretende estabelecer nos prêmios da Copa Libertadores 2002.
"Não aceitamos a diminuição sob nenhum aspecto. O Boca e o River são animadores importantíssimos da Copa Libertadores, e por maior crise que haja na Argentina não aceitam qualquer rebaixamento deste tamanho", afirmou Macri em declarações à Rádio Rivadavia, de Buenos Aires.
A T&T, consórcio integrado pela argentina Torneios e Concorrências e a brasileira Traffic, propôs à CSF baixar os prêmios da Copa Libertadores de 41 milhões para 29 milhões de dólares devido à crise econômica que afeta a América do Sul, e especialmente a Argentina.
Aparentemente, a idéia de Macri, partilhada por Aguilar, é recusar a diminuição ou pedir à CSF a devolução dos direitos de transmissão de suas partidos no torneio.
"Ou jogamos a Copa sem televisão ou que nos devolvam os direitos e vendemos por nossa conta com o River as nossas transmissões", advertiu o presidente do Boca.