Genebra (Suíça) - O brasileiro Ronaldo e o francês Zinédine Zidane, embaixadores do Programa da ONU para o Desenvolvimento (PNUD), fizeram um apelo nesta quinta-feira para que a Copa da África das Nações sirva para destacar milhões de heróis que lutam por sua dignidade e sobrevivência.
Em uma declaração conjunta, os embaixadores itinerantes do PNUD revelaram que "a maioria daqueles que estarão no campo -a partir de sábado, seguidos pelas objetivas das câmaras de televisão, começou a jogar com os pés descalços e bolas improvisadas, para depois se alçar ao mais alto nível esportivo mundial".
"Superando todos os obstáculos impostos pela pobreza graças a uma vontade de ferro, confirmaram que nenhuma situação é de absoluta desesperança", assinalaram Ronaldinho e Zidane. "África tem dado ao esporte em geral e ao futebol em particular um número expressivo de suas grandes estrelas ao nível mundial, o que é revelador do extraordinário potencial humano que possui, que é a maior riqueza deste continente", afirmaram.
Os dois jogadores também mencionaram a baixa expectativa de vida média no continente, que é de 40 anos, além da dívida externa contraída pelos países, a fuga de cérebros e os 30 milhões de soropositivos (portadores do HIV) que existem no continente africano.