Rio - Depois de um ano peregrinando pelo futebol brasileiro, Felipe volta a jogar neste domingo com a camisa do Vasco. O agora meia sonha com um retorno triunfal, às 16h, contra a Ponte Preta, em São Januário, na estréia do Torneio Rio-São Paulo.
Felipe define a sua relação com o Vasco como um casamento. São 18 anos no clube. A lua-de-mel aconteceu em 1997, em seu primeiro ano como profissional. Jogando na lateral esquerda, foi a revelação do time no Brasileiro e um dos destaques na conquista do título.
O futebol moleque, como definiu na época, fez de Felipe um nome certo nas convocações da Seleção Brasileira e despertou o interesse do futebol italiano. Mas com a fracassada negociação com a Roma, a alegria deu lugar à tristeza. Desiludido, o jogador pensou em abandonar os gramados. As indisciplinas começaram a fazer parte do dia-a-dia e Felipe logo ganhou a fama de “bad boy”.
O divórcio com o Vasco veio em janeiro do ano passado, quando reclamou da falta de valorização dos jogadores revelados em São Januário, além de salários atrasados. Sem vontade de jogar no clube, foi negociado após a conquista da Copa JH.
“Para mim foi uma experiência boa. Fiquei um ano longe do Vasco e aprendi muito”, garantiu.
Mas depois de tímidas passagens por Palmeiras e Atlético-MG, Felipe resolveu voltar. A conciliação foi rápida, mas com um pedido: não jogar mais como lateral. Agora Felipe quer apagar o passado e se empenhar apenas em fazer a torcida vascaína esquecer Juninho Paulista.
“É uma missão. Será uma grande alegria reencontrar a torcida. Vou jogar com liberdade para criar, mas ajudando um pouco na marcação.”
Felipe espera dar um toque de classe ao meio-campo. O meia quer reencontrar o antigo futebol e levar o Vasco de volta ao caminho das conquistas. Apesar de ter participado de só um coletivo, a falta de entrosamento não será um problema.
“Já joguei com o Romário no Mundial de Clubes da Fifa, quando ele chegou ao Vasco”, lembrou.