Rio - O brasileiro Mario Haberfeld voltou a melhorar o recorde da Fórmula 3.000 da pista de Valência nesta quarta-feira, o segundo dia de testes que o piloto brasileiro vem fazendo com o Lola B2/50, que será usado nesta temporada.
Mario, que já havia superado o recorde anterior (1m24s1 feito pelo italiano Giorgio Pantano) ao marcar 1m23s8 na terça-feira, fez sua melhor volta em 1m23s4, à média de 172,877km/hora, mas uma nova quebra da barra estabilizadora traseira antecipou o fim das atividades.
Mesmo assim, Haberfeld se mostrava satisfeito. Ele conseguiu dar 85 voltas e considerou muito positiva a evolução do novo carro, que atribuiu principalmente ao engenheiro inglês Andy Miller, com quem trabalhou quando disputou e venceu o campeonato inglês de Fórmula 3 pela equipe do tricampeão mundial Jackie Stewart.
"A experiência dele é a grande diferença", avalia Mario. "O carro tem progredido a cada mudança de regulagem", elogia Mario, que enfrentou problemas com todos engenheiros que teve desde que ingressou na Fórmula 3.000. "Eles eram novatos, o Andy já trabalhou até na F-1 e é muito mais eficiente. Já acumulei mais voltas nestes dois dias do que em qualquer outra sessão de treinos que fiz na Fórmula 3.000".
A experiência de Miller ficou evidente no fim desse segundo teste, quando ele decidiu não usar mais a barra estabilizadora fabricada pela Lola.
"Ela quebrou duas vezes em dois dias e em locais diferentes", explica Mario. "Pelas regras, só se pode usar peças fornecidas pela fábrica, mas essa barra está atrapalhando nosso teste e o Andy mandou fazer uma nova aqui na Espanha. Só que, para evitar problemas, ele mandou um relatório para a Lola, que já está reforçando as barras que ela fornece. Amanhã, espero andar o dia inteiro e marcar tempos ainda melhores. O carro está evoluindo muito, mas ainda está longe do que pode render", anima-se Haberfeld.