Seul (Coréia do Sul) - Os fabricantes de cerveja da Coréia do Sul esperam um aumento do consumo neste ano, quando uma das economias mais importantes da Ásia se prepara para receber a Copa do Mundo e os Jogos Asiáticos.
A Copa do Mundo elevou as vendas de cerveja na França em 1998 e nos EUA em 1994, anos em que esses países foram sede dos jogos, mostrou um estudo da Morgan Stanley Dean Witter.
A Coréia espera que o evento atraia mais de 300 mil turistas estrangeiros, incluindo fãs da Polônia e da Dinamarca -- grandes fãs de futebol e grandes consumidores de cerveja.
O mercado da bebida na Coréia do Sul é dominado por dois fabricantes, e marcas importadas como Budweiser e Miller começam a ingressar nele.
Estratégias de mercado usadas por fabricantes de bebidas tradicionais como o soju diminuíram a participação da cerveja, que, porém, continua a responder por cerca de 60 por cento do mercado da Coréia do Sul, de 4,51 bilhões de dólares por ano.
``Planejamos elevar nossa fatia no mercado de 55 por cento para 60 por cento neste ano, vendendo 1,1 milhão de kilolitros'', disse You Kyoung-jong, relações públicas da fabricante Hite Brewery Co., a maior do mercado.
As cervejas importadas respondem por menos de 1 por cento do mercado. As tarifas de importação elevam o preço dessas marcas e a falta de uma rede ampla de distribuição prejudica a penetração no país.
Tendo um mercado relativamente protegido, as duas grandes fabricantes sul-coreanas não contam, de outro lado, com exportações importantes. Para elas, resta expandir em casa ou não expandir.
``Mesmo quando há duas marcas, é preciso dominar'', afirmou um analista de ações dos EUA. ``O mercado é muito pequeno para três fabricantes. Eles não podem sobreviver porque não exportam.''