Rio - Ricardo Teixeira garantiu nesta sexta-feira, durante apresentação do novo uniforme da Seleção Brasileira, que vai permanecer no cargo de presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
``Não sei porque vivem dizendo isso. Não estou sabendo em renúncia alguma, estou embarcando com a seleção para a Arábia Saudita. Quero acompanhar a seleção 24 horas por dia, como em 94'', afimou Teixeira no Rio de Janeiro.
O dirigente fez elogios ao Ministro dos Esportes Carlos Melles, porém disse desconhecer o acordo citado pelo ele de que Teixeira deixaria a CBF em 2 de fevereiro.
``Não quero polemizar, respeito o ministro Melles, mas quem diz que tem uma carta é quem tem que mostrá-la'', disse ele, se referindo a carta que ele teria enviado ao ministro, se comprometendo a renunciar.
Questionado sobre as acusações contra o presidente da Federação de Futebol do Rio de Janeiro, Eduardo Vianna, que teria desviado dinheiro de partidas do campeonato estadual, Teixeira aproveitou para criticar o senador Geraldo Althoff (PFL-SC).
``O problema do denuncismo está virando moda no Brasil. Tenho convicção absoluta que os deputados do Rio e os três senadores do Rio não precisarão de auxílio de um senador obscuro de Santa Catarina para ensinar como se faz no futebol. Nós podemos dipensar esse auxílio. Os políticos do Rio se entendem sem a interferência de um extra-terreno'', afirmou.
Apesar de simpatizar com Romário, ele disse que não vai interferir no trabalho do técnico Luiz Felipe Scolari e pedir a convocação do atacante.
``Não interfiro na convocação. Nenhuma multinacional... tem a interferência na convocação'', disse Teixeira.
O presidente da CBF confirmou que está negociando a redução das cotas de televisão (30 por cento) e do contrato com a empresa de material esportivo Nike (25 por cento), mas se negou a dar detalhes.