Rio de Janeiro - O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, prometeu renunciar no dia 2 de fevereiro em troca de uma vaga permanente no comitê executivo da Fifa, disse uma alta autoridade do governo na segunda-feira.
"Ricardo Teixeira falou que renunciaria dia 2. Como ele falou, estou esperando", disse a fonte, exigindo a proteção do anonimato.
"Quem tem problema de gestão tem que se afastar, para que as denúncias sejam investigadas. Ele (Ricardo Teixeira) já esgotou todo o poder", disse a fonte, acrescentando que o acordo para a saída de Teixeira está sendo costurado desde o ano passado.
A assessoria de imprensa da CBF informou que a possibilidade de renúncia de Teixeira "não existe". "Mais do que nunca, ele está firme e forte no cargo", disse o assessor Rodrigo Abalem.
O senador Feraldo Althoff, relator da CPI do Futebol, que em dezembro do ano passado pediu o indiciamento de Teixeira e outros 16 dirigentes do futebol brasileiro, confirmou por telefone à Reuters que "ouviu falar do acordo", mas que não acredita mais na possibilidade de Ricardo Teixeira renunciar.
Segundo ele, um caminho mais concreto será a emissão da medida provisória que pretende regulamentar o futebol. "A medida provisória seria interessante, porque daria mecanismos de transparência, e deixaria o Ricardo Teixeira constragido", concluiu o senador.