Rio - Se no início do ano a porta da Seleção estava fechada para Romário, hoje já pode dizer que ela está entreaberta. Apesar de não admitir abertamente e de execrar as pressões pela convocação do Baixinho, o técnico Luiz Felipe Scolari diz para amigos que o craque está na sua relação de 35 jogadores, que será entregue dia 30 de abril à Fifa.
Os maiores adversários de Romário são os líderes do atual grupo de Felipão e a pressão da torcida e da mídia pela volta do atacante vascaíno. "Algumas pessoas no Brasil precisam entender que comigo pressão não funciona. Quanto mais se falar nesse ou naquele nome, menos vou ouvir", diz constantemente Felipão.
A aproximação do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, no entanto, é um trunfo de Romário para ir à Copa. Não que ele interfira diretamente na convocação, mas Felipão reconhece, indiretamente, que tanto ele quanto os jogadores dão ouvidos a Teixeira.
"Sua convivência com a delegação, nos treinos, na concentração, nos jogos, é muito positiva. Ele tem experiência de três Copas do Mundo à frente da Seleção. Não se pode desprezar isso", afirma o técnico.
Romário também tem experiência em Copas. Disputou as de 90 (Itália) e 94 (Estados Unidos). Pela idade (36 anos) e pelas lesões freqüentes, o Baixinho concorre com Ronaldo, da Inter, que ainda briga com o corpo para voltar a jogar.