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Portuguesa pode ser primeiro clube paulista a virar empresa
Segunda-feira, 11 Fevereiro de 2002, 23h18

São Paulo - A Portuguesa quer ser o primeiro grande paulista a se tornar um clube-empresa, nos moldes de uma S.A., como recomendava, em 97, um artigo no projeto original da Lei Pelé, já revogado.

A intenção é atrair mais investidores, não só para o departamento de futebol como também para os demais setores do clube.

O projeto ainda estaria "engatinhando", afirma o vice-presidente de marketing, Avelino de Souza Tomás, mas sabe-se que há duas empresas multinacionais do setor financeiro interessadas em investir no clube, assim como fizeram os Bancos Excel e Opportunity com Vitória-BA e Bahia, respectivamente.

“Nossa idéia é essa (transformar o clube numa empresa). Só precisamos saldar algumas dívidas primeiro e esperar que o projeto seja encaminhado e aprovado pelo Conselho Deliberativo”, explica Tomás.

Segundo Flávio Raupp, presidente da Liga Centro-Oeste e um dos responsáveis pela implantação do projeto de S.A. no Vitória-BA ("o principal modelo para a Portuguesa", confessa o vice-presidente de futebol do clube, Manuel Gonçalves Pacheco), as diferenças entre um clube administrado da forma convencional e nos moldes de uma S.A. são enormes.

“Todos os ativos de um clube de futebol, como vínculos de jogadores, exploração da marca e contratos de patrocínio, por exemplo, são transferidos para essa empresa S.A. que o clube cria e administra paralelamente. Dessa forma, fica mais fácil atrair investimentos”, diz Raupp, ex-vice presidente de controladoria do Vitória-BA, que se tornou S.A. em 95.

Tanto o Vitória-BA como o Bahia são empresas de capital fechado, ou seja, não possuem ações negociadas numa Bolsa de Valores. Seus maiores investidores são os já citados Excel e Opportunity, ambos majoritários em suas respectivas parcerias (possuem mais de 50% das ações do clube).

Num primeiro momento, a intenção da Lusa é manter o controle acionário da futura empresa. “A princípio, não queremos uma empresa que se torne majoritária. Mas essa é uma hipótese que não descartamos”, confessa Pacheco, que define: “No futebol de hoje, a S.A. é a salvação para os clubes.”

L! Sportpress

 

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