Cardiff - Uma das amizades mais famosas do mundo do futebol parecia ter chegado ao fim quando Claudio Caniggia não foi à despedida de Diego Maradona, em Buenos Aires, no ano passado.
Mas Caniggia espera se reconciliar com Maradona lhe enviando um presente especial: a camisa da Argentina que ele usou no empate por 1 a 1 contra Gales, no amistoso disputado na quarta-feira em Cardiff, disseram à Reuters na quinta-feira fontes próximas ao jogador do Rangers.
O meio-campista Juan Roman Riquelme, que também jogou contra os galeses, vai levar a camisa sete de Caniggia para Buenos Aires para entregá-la a Maradona, que ficou ofendido com a ausência de Caniggia em sua festa de despedida em novembro. Desde então, Maradona tem se recusado a atender os telefonemas do antigo amigo.
Caniggia, de 35 anos, que voltou à seleção depois de uma ausência de seis anos, está tentando pela terceira vez garantir um lugar no elenco que vai à Copa. No dia da festa de despedida de Maradona, Caniggia disputou uma partida pelo Rangers.
Caniggia surgiu para o mundo em 1987, durante a Copa América disputada na Argentina, ao lado de Maradona. A dupla ficou ainda mais famosa dois anos depois, na Copa América disputada no Brasil. Em 1990, na Itália, Caniggia disputou sua primeira Copa do Mundo.
Beijo Famoso
Jogando pelo Boca Juniors, no fim da carreira de Maradona, há cinco anos, a dupla comemorava os gols com um tradicional beijo nos lábios.
Eles já eram amigos e jogaram na Itália na mesma época: Caniggia pelo Verona, Atalanta e Roma, e Maradona pelo Napoli.
Os dois ajudaram a Argentina a chegar à final da Copa de 1990, em Roma. Os gols de Caniggia foram fundamentais para desclassificar o Brasil e depois a Itália.
A parceria entre os dois terminou abruptamente quatro anos mais tarde em Boston, depois que Caniggia marcou os dois gols na vitória por 2 a 1 sobre a Nigéria, no Mundial de 1994. Depois da partida, Maradona foi flagrado no exame antidoping e suspenso do torneio. Na segunda fase, a Argentina foi eliminada pela Romênia.