São Paulo - Nos últimos três jogos do Corinthians, Carlos Alberto Parreira escalou três atacantes. Algo impossível de se imaginar se levar em conta a fama que o treinador tem no Brasil desde a Copa do Mundo de 94, quando mesmo trazendo a taça de campeão dos EUA ficou caracterizado como retranqueiro.
"Nunca fui retranqueiro. Vocês da imprensa é que começaram com isso após 94", garante Parreira, explicando que mesmo com três atacantes o Corinthians que goleou a Portuguesa neste domingo joga com as mesmas características que a Seleção de 94.
"Peço a mesma coisa para os jogadores. Quando perder a bola todos têm que voltar para marcar – completou Parreira, que gostou da atitude de seus jogadores, principalmente no segundo tempo".
"Eu falei após o jogo contra o River que tinha gostado da atitude do time, por isso também mantive os três atacantes. E hoje os jogadores tiveram novamente uma atitude positiva", assegurou.
Parreira explicou que fez apenas uma pequena mudança no posicionamento da equipe para o segundo tempo, quando o Corinthians marcou três gols e liquidou a Lusa.
"O Deivid e o Leandro estavam embolando muito no meio. Então pedi para o Deivid abrir bem pela direita e para o Leandro entrar mais na área", comentou.
O treinador elogiou também a atuação de Gil, que segundo ele não se limitou apenas a atacar. "Ele fez as jogadas dos gols mas também ajudou na marcação", afirmou Parreira.
O atacante Leandro não se mostrou surpreso quando soube que iria começar jogando, apesar de Parreira haver afirmado anteriormente que só começaria jogando com três atacantes quando o time adversário não tivesse um poderio ofensivo tão forte, como o América e o River.
"O time não fica vulnerável, já que ele pede para voltar e ajudar na marcação em alguns momentos", comentou o atacante.