São Paulo - O procurador do meia Fernando Fumagalli, Cláudio Guadagno, promete se reunir nesta terça-feira com seus advogados para processar o Santos Futebol Clube por falsidade ideológica.
Segundo Cláudio, o Santos apresentou um contrato datado de 1º de janeiro de 2002, assinado pelo jogador, e com validade até 2004, que não é verdadeiro.
“Após as CPIs, os dirigentes deviam ter mais cuidado com o que fazem. Não sei quem dentro do Santos fez isso, mas o culpado terá que ser punido”, afirmou Cláudio.
Fernando Fumagalli assinou contrato com o Santos em janeiro de 2000, mas logo depois foi emprestado ao Guarani, onde ficou dois anos (o primeiro ano por empréstimo e o segundo negociado). Como o Guarani não pagou ao Santos o valor da negociação, o meia retornou à Vila no final do ano passado, mas não chegou a um acordo para a renovação do contrato.
“Foi então que os advogados do Santos me apresentaram um documento dizendo que o jogador já tinha assinado um contrato em branco”, adiantou Cláudio, explicando que a assinatura é a de Fumagalli, mas feita no contrato assinado pelo jogador em 2000.
Cláudio diz que o Santos utilizou essa assinatura para forjar um novo contrato, com validade até 2004. “Tanto que a assinatura do Fumagalli já mudou, hoje é outra”, explicou Cláudio, que enviou os documentos (o Santos não entregou o original do contrato para o procurador, apenas cópia) para um perito, Edison D’Andrea Cinelli, que constatou a falsificação.
Fumagalli assinou contrato com o Corinthians na última sexta-feira. Segundo a advogada do jogador, Gislaine Nunes, o problema com o Santos não vai interferir no mandado de segurança conseguido no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) que o libera a jogar por qualquer equipe.