Roma - Os jogadores do Parma disseram na quarta-feira que estão com medo de jogar a partida pela Copa da Uefa em Israel na quinta-feira contra o Hapoel Tel Aviv, devido à onda de violência no Oriente Médio.
O zagueiro Antonio Benarrivo criticou severamente a decisão de viajar a Israel para o jogo de ida da quarta rodada do torneio europeu durante uma fase de alta tensão entre Israel e os palestinos. "Somos somente humanos, mas neste mundo o dinheiro é o que importa", disse o ex-integrante da seleção italiana.
"Os interesses econômicos prevalecem e somos os bonecos utilizados para fazer o show. O dinheiro vem, mas deveríamos parar um pouco e refletir. Os dirigentes da Uefa estão sentados em seus escritórios e não têm feito nada para levar a partida para outro lugar", afirmou Benarrivo.
Seu companheiro Marco Di Vaio disse que os atletas que não querem viajar para Israel não deveriam ser obrigados a ir. "Quando soubemos que teríamos que ir a Israel, nos preocupamos um pouco, mas ninguém pensou em não participar. Apesar disso, acho que se alguém tem medo, deveria ter o direito de ficar", disse o goleador Di Vaio ao site oficial do Parma.
Nas primeiras rodadas da Copa da Uefa, cinco jogadores do Chelsea, da Inglaterra, se negaram a viajar para Israel para enfrentar o time de Tel Aviv.
O presidente da Fifa, Sepp Blatter, criticou os jogadores do Chelsea, afirmando em uma declaração ao jornal britânico Times que os atletas "têm um contrato de trabalho e têm que cumpri-lo".
O Chelsea não puniu os jogadores que não viajaram, entre os quais estavam o francês Emmanuel Petit, campeão mundial, e o zagueiro da seleção inglesa Graeme le Saux.