Rio - Mesmo debilitado – perdeu dois quilos em função de uma intoxicação alimentar –, Felipe entrou em campo e comandou o Vasco na vitória sobre o Sergipe. Uma atuação para encher os olhos e deixar Felipão com dor de cabeça.
“Sei que o tempo é curto e que existem grandes jogadores para a posição, mas é o sonho de todo jogador chegar à Seleção”, disse Felipe. “Joguei sem estar em boas condições, mas fiz tudo para ajudar o Vasco”, ressaltou.
O futebol-moleque apresentado nesta quarta, segundo Felipe, é fruto do bem-estar que vive hoje no Vasco. “Depois que quase saí do Vasco, em 2001, não me senti à vontade nos outros clubes. A passagem por Palmeiras e Atlético-MG foi importante para o meu amadurecimento, mas, como jogava de lateral, não desenvolvi todo meu futebol. Hoje, estou alegre no Vasco e jogando no meio me sinto mais útil”, afirma.
Segundo Evaristo de Macedo, Felipe está desequilibrando. Porém, o treinador alerta que o jogador não pode esquecer o lado coletivo. “Felipe teve um grande espírito de grupo ao entrar em campo mesmo debilitado. Mas a sua atuação poderia ter sido melhor, porque em certos momentos faltou pernas, o que era normal”, disse Evaristo.
“O público gosto destas jogadas de efeito de Felipe, mas temos que avaliar a questão no sentido coletivo. Não é só individualmente que vamos ganhar os jogos. Hoje, mesmo sem condições reais, ele foi fundamental”, acrescentou o treinador.
No intervalo, Evaristo deu uma dura no time, que permitiu ao Sergipe fazer o seu gol no fim do 1º tempo. “Foi um jogo angustiante. Falei para os jogadores que devíamos ter mais atenção na marcação e aproveitar as chances”, revelou.