São Paulo - Celso Roth chegou ao Santos dizendo que tinha preferência pelo esquema 4-4-2. Mas na hora da prática, colocou três zagueiros, depois voltou a escalar apenas dois e, agora, mudou de idéia novamente. E pelo jeito essa última decisão será definitiva.
"O Carlos Alberto Parreira disse outro dia em uma entrevista que o 3-5-2 tem que ser colocado de acordo com as características dos jogadores. É isso mesmo. Coloquei três zagueiros porque o time está adaptando-se melhor às características dos atletas", explica.
Roth não diz quando tomou a decisão definitiva, mas a vitória contra o Corinthians pode ter sido decisiva. Jogando na Vila, o Santos era sufocado pelo adversário quando o técnico sacou um meia e colocou Preto como terceiro zagueiro. Deu certo. Por isso, fica contrariado quando alguém diz que o 3-5-2 é uma tática cautelosa.
"Isso não é verdade. Veja o time do São Paulo que jogou contra o Treze da Paraíba. Atuou com três zagueiros e foi ofensivíssimo Mas eu, quando faço isso, sou chamado de retranqueiro", queixa-se.
Da mesma forma como não se deixa levar pela emoção quando a torcida o chama de burro, Roth não dá grande importância quando a equipe vence graças a uma alteração tática durante a partida. Ao invés disso, prefere lembrar que ainda existem carências no elenco.
"Precisaríamos ter pelo menos dois jogadores de ataque pelo meio. Isso não temos", afirma, já sabendo de antemão que qualquer outro pedido de contratação dificilmente será atendido.