Rio - O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, esteve na tarde desta segunda-feira no prédio da Justiça Federal, no centro do Rio de Janeiro, onde prestou um longo depoimento à juíza Ana Paula Viera de Carvalho, da 6ª Vara Criminal.
Acompanhado do secretário-geral da entidade, Marco Antônio Teixeira, e de José Carlos Salim, ex-diretor financeiro e atual diretor de marketing, além do advogado José Mauro Couto de Assis, Ricardo Teixeira saiu às pressas pela porta dos fundos do edifício, evitando falar com a imprensa. "Esquece, pô", disse, irritado com o assédio dos jornalistas.
Teixeira está sendo acusado pelos crimes previstos na lei nº 7492/86 (artigos 21 e 22), popularmente conhecidos como "crimes do colarinho branco", referentes às operações financeiras consideradas ilegais pelo relatório da CPI do Senado enviado ao Ministério Público.
Tais operações dizem respeito aos empréstimos feitos pela CBF - mediante aprovação de Teixeira - junto ao Banco Delta, todos com a taxa de juros acima do mercado. Caso comprovado seu envolvimento, o presidente da entidade-maior do futebol brasileiro poderá ser condenado de 1 a 6 anos de prisão.