São Paulo - Na hora do aperto, o Santos está sabendo usar a cabeça. Quando a equipe encontrou-se em situações difíceis na temporada, as jogadas aéreas foram a salvação. Foi dessa forma que o Peixe construiu a vitória de domingo, contra o Flamengo, na Vila Belmiro.
Tanto Oséas quanto Marcelo Silva conseguiram superar a defesa carioca para colocar o time de Celso Roth na sexta colocação do Torneio Rio-São Paulo.
Mesmo sem ter um cobrador de faltas e escanteios como Arce, do Palmeiras o Peixe conseguiu marcar seis dos 14 gols em 2002 com bolas alçadas na área. Mais importante é o momento em que surgiram os gols.
"Com o tempo, vamos nos posicionando melhor e nos acostumando com o lugar em que os cruzamentos são feitos. Contra o Flamengo, finalmente consegui acertar na bola, nem que tenha sido de raspão", comemora Oséas, que conseguiu marcar pela primeira vez pelo Santos.
Ponto para a insistência de Celso Roth. O treinador obriga os comandados a praticarem à exaustão cruzamentos. Tanto em cobranças de escanteios quanto faltas nas laterais.
"É muito importante repetir esse tipo de lance. Porque em um jogo equilibrado, esse é o fator que pode fazer a diferença", analisa o técnico, até agora invicto dentro da Vila.
Pode não ser decisivo, mas pode abrir o caminho para as vitórias. Foi assim contra o América, por exemplo. Estreando no Rio-São Paulo, a equipe apenas empatava contra os cariocas até a metade do segundo tempo.
Até que Cléber acertou uma testada no canto esquerdo, fazendo o primeiro dos três gols santistas no jogo. Também contra Ponte Preta, São Caetano, Ji-Paraná (pela Copa do Brasil) e Flamengo, o Santos usou a cabeça para furar a defesa adversária e abrir caminho para a vitória.
"Tão importante quanto treinar os cruzamentos é saber onde posicionar-se na área. Quando eu e o Cléber vamos para a área, somos um ponto de referência para quem vai cruzar. Está dando certo", analisa Odvan, autor de dois gols na temporada. Ambos de cabeça.