Milão - O primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi pode deixar o cargo de presidente do Milan, mas não tem nenhuma intenção de vender suas ações do clube, disse um dirigente do time nesta terça-feira.
Berlusconi, que em 16 anos como presidente do Milan viu o time vencer três campeonatos europeus e seis títulos italianos, lançou dúvidas sobre seu futuro no clube na semana passada, quando falou que não sabia quanto tempo mais poderia permanecer na presidência do Milan.
O vice-presidente do time, Adriano Galliano, que é o responsável pela administração do clube no dia-a-dia, reuniu-se com Berlusconi na segunda-feira e explicou que uma lei sobre conflito de interesses poderá forçar a saída de Berlusconi do cargo.
``Silvio Berlusconi quer continuar sendo o presidente (do Milan) por quanto tempo quanto for possível, contanto que seja permitido pela lei de conflito de interesses'', disse Galliani.
Se não for mais possível, Berlusconi deverá se tornar presidente honorário'', acrescentou. Mas Galliani afirmou que não há dúvidas de que a empresa da família de Berlusconi, a Fininvest, que controla um império multibilionário, vai abrir mão do controle da propriedade do Milan.
``A idéia de vender o Milan nunca foi sequer levada em consideração. É apenas um problema político'', disse. O bilionário empresário que virou político venceu as eleições em maio passado concorrendo pelo partido conservador Forza Italia. Além de ser o homem mais rico da Itália, Berlusconi é o dono do maior grupo de mídia do país, o que o deixa sujeito a acusações de que haveria conflitos entre seus interesses políticos e financeiros.