Milão - Enzo Bearzot, técnico da seleção italiana campeã do mundo em 1982, acredita que o time atual tem um ataque que está entre os melhores do mundo, mas se diz preocupado com a falta de cobertura da defesa.
Bearzot, que assumiu o departamento técnico da Federação Italiana de Futebol nesta terça-feira, acredita que o técnico atual, Giovanni Trapattoni tem um ataque de dar inveja aos treinadores das melhores seleções da atualidade.
"Sem querer desmerecer os estrangeiros que temos no nosso campeonato, mas temos atacantes que os outros simplesmente não têm. São jovens mas têm experiência e habilidade", disse Bearzot à agência italiana ANSA.
Com todos seus atacantes em forma, Trapattoni terá que escolher entre Christian Vieri, da Inter de Milão, Alessandro Del Pierom, da Juventus, e Filippo Inzaghi, do Milan, entre as duas vagas que dispõe no ataque. No meio de campo Totti, da Roma comanda a esquadra. Caso contusões afastem um desses jogadores, Trapattoni pode convocar os jogadores da Roma Vincenzo Montella e Marco Delvecchio, do Parma ele tem disponível Marco Di Vaio e do Chievo, Massimo Marazzina.
Bearzot se diz preocupado com a falta de qualidade da cobertura para o trio da defesa, Fabio Cannavaro, Alessandro Nesta e Paolo Maldini. Nesta, da Lazio, e Maldini, do Milan, passaram muito tempo afastados por contusões.
"Este setor deverá apresentar mais problemas, as contusões diminuem as alternativas", disse Bearzot. "Nesta e Maldini são jogadores excepcionais, é difícil substituí-los", acrescentou o veterano técnico, de 74 anos de idade.
No amistoso em que derrotou os Estados Unidos, este mês, Trapattoni usou Marco Materazzi, da Inter de Milão, e Mark Iuliano, da Juventus, nas posições normalmente ocupadas por Nesta e Maldini.
Bearzot deixou a seleção italiana depois da eliminação para a França na segunda fase da Copa do Mundo de 1986, no México.