Cuiabá O jogo contra a Islândia é a prova final para os jogadores que atuam no Brasil garantirem uma vaga na Copa do Mundo. Se eles fizerem bem a lição de casa, podem carimbar o passaporte para a Coréia do Sul e Japão e essa é opinião dos atletas e do próprio técnico Luiz Felipe Scolari.
``Pode ser que esse seja realmente o último jogo para alguns, já que os dois últimos amistosos -- contra Iugoslávia e Portugal -- serão quase que definitivos para o Mundial'', afirmou Felipão em entrevista coletiva na segunda-feira, em Cuiabá.
``Esse jogo serve como observação final para que a gente possa dizer quanto nós ganhamos em relação às eliminatórias e o que a gente perdeu'', completou o técnico.
Os atletas entenderam bem a lição e por isso estão ''trabalhando'' para tirar uma nota suficiente para agradar o treinador.
``As vagas estão abertas, mas já estão acabando. É mais uma chance que temos de mostrar nosso futebol'', disse o meia Kaká, de 19 anos, que terá a oportunidade de começar como titular a partida de quinta-feira.
O zagueiro Anderson Polga luta por uma vaga na defesa, que tem Juan, Lúcio e Roque Júnior praticamente garantidos.
``Estou procurando aproveitar a oportunidade. Para o próximo jogo o Felipão já disse que terá 90 por cento do time da Copa e se eu fizer um bom trabalho agora posso estar na lista'', comentou o zagueiro do Grêmio.
Mas como ser testado contra um adversário fraco como a Islândia? A saída é o empenho durante os treinos e principalmente mostrar que sabe conviver em grupo.
``Preciso ver personalidade e conhecer o convívio para saber até que ponto em uma Copa do Mundo eu tenho o jogador ou não'', disse Scolari, que não esconde o desejo de formar uma equipe unida fora de campo.
``Estou fazendo um grupo na seleção e graças a Deus tenho tido um resultado altamente positivo neste item. Ninguém é mais importante do que o outro, e todos os que estão fora estão torcendo para os que estão aqui'', acrescentou.
Assim, quem ganhar a confiança do técnico, tem meio caminho andado rumo à Copa.