São Paulo - As últimas inovações do técnico Cilinho, do América de São José do Rio Preto, vice-líder do Campeonato Paulista da Série A-1, têm chamado a atenção de toda a imprensa esportiva.
Depois de fazer um coletivo do América-SP com uma bola de futebol americano, levar os jogadores a uma pedóloga, a uma biblioteca, contratar uma professora de axé e um professor de artes marciais, o treinador quer também que os seus jogadores durmam com a bola de futebol.
A intenção do treinador é fazer com que os jogadores do América estejam concentrados e preparados para os desafios que irão enfrentar durante a competição.
Esse é um pedido antigo do treinador, que na década de 80, quando dirigia o São Paulo, na geração que ficou conhecida com Menudos do Morumbi (Müller, Silas, Careca), exigia que os seus jogadores ficassem longos minutos conversando com a bola.
"Eu cheguei a conclusão de que não basta o jogador estar bem apenas fisicamente. Também tem que estar bem espiritualmente. Enfrentamos muitas adversidades no dia-dia e para suportá-las, só com um comportamento emocional privilegiado", disse Cilinho.
"Eu digo para eles que eles precisam dormir com a bola, faz parte do espetáculo. Nada melhor do que agradecer e tratá-la bem. A bola é um ser vivo que deve ser tratada com carinho", completou o treinador.
Para Cilinho a contratação de professores de axé e artes marciais tem o objetivo de dar mais mobilidade física aos jogadores. No caso da biblioteca, o treinador acredita que a leitura facilita a concentração dos atletas. Já com a pedóloga, Cilinho diz que os jogadores precisam cuidar muito bem do seus instrumentos de trabalhos, os pés.
"É sempre bom trabalhar em um ambiente alegre e as coisas fluem com mais tranqüilidade", acredita o zagueiro Perivaldo, aprovando as medidas adotadas pelo treinador.