Assunção - O goleiro titular do Paraguai, José Luis Chilavert, declarou nesta terça-feira que o técnico da seleção, Cesare Maldini, deveria ser recebido "com tapete vermelho" e criticou os detratores do italiano.
Maldini, contratado em dezembro para treinar o Paraguai na Copa de 2002, foi denunciado pelo presidente da Associação de Técnicos de Futebol, Darío Núñez, que pediu sua expulsão porque carece de documentos migratórios que o habilitam a trabalhar no país.
"Estamos perto de um evento tão importante e nos começam a colocar pedras no caminho. É preciso estender um tapete vermelho para Maldini quando ele voltar ao Paraguai (dia 10)", disse Chilavert à rádio local Ñanduti.
NUma conversa telefônica da França, o goleiro do Racing de Estrasburgo lamentou que a imprensa paraguaia tenha dado destaque "a personagens que nunca deram nada ao futebol" e acrescentou que o único que pode tirar Maldini do cargo é o presidente da Associação Paraguaia, Oscar Harrison.
Diante da denúncia da Associação de Técnicos, os dirigentes do futebol paraguaio exibiram uma "residência precária" concedida pelas autoridades migratórias a Maldini, em 22 de fevereiro passado, depois de um trâmite iniciado pelos dirigentes locais.
"Ninguém tem que enfurecer-se porque Maldini está ganhando certa quantidade de dinheiro. Nós geramos nossos próprios recursos", enfatizou o goleiro, afirmando que o italiano "teria que ser um orgulho para todo o Paraguai pela capacidade que tem".
Acrescentou que não há motivos para preocupar-se pelo baixo nível exibido pela equipe contra a Bolívia, com a qual empatou em dois gols em 14 de fevereiro, e enfatizou que não têm dúvidas de que vão "fazer um grande Mundial".
O Paraguai está no Grupo B da Copa, ao lado de Eslovênia, Espanha e África do Sul.
Antes de viajar para a Coréia do Sul, onde serão disputados todos os seus jogos na primeira rodada, a equipe paraguaia jogará partidas amistosas com as seleções da Nigéria, Inglaterra e Suécia, todos na Europa, por acaso os adversários da Argentina na primeira fase.