Jerusalém - O ministro israelense da Defesa, Benjamin Ben Eliezer, considerou nesta quinta-feira, que a decisão da Uefa de mudar o local da primeira partida entre o Hapoel Tel Aviv e o Milan é "uma rendição ao terrorismo".
A declaração foi feita pelo ministro israelense em uma reunião com embaixadores estrangeiros no país.
As autoridades da Uefa decidiram ontem que todas as partidas de competições européias e internacionais que deveriam ser disputadas em Israel ficam suspensas até nova ordem.
"Com esta resolução o que dissemos aos terroristas é que eles venceram. Hoje aconteceu em Tel Aviv, mas no futuro ninguém pode garantir que não aconteça também na Inglaterra", disse Ben Eliezer.
A decisão da Uefa levou ontem o primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, e o chanceler, Shimon Peres, a solicitar a intervenção pessoal do primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, para que os jogadores do Milan viajem a Israel.
Por sua vez, o ministro israelense de Esporte, Ciência e Cultura, Matán Vilnaí, se reuniu hoje na Suíça com autoridades da Uefa para tentar convencê-los a voltar atrás, o que por enquanto não conseguiu.
A Uefa tomou essa decisão por causa do agravamento do conflito entre israelenses e palestinos, que deixou dezenas de mortos de ambos os lados nas últimas 48 horas.
A partida entre o Hapoel e o Milan, marcada para o próximo dia 14 de março, despertou grande expectativa no país, já que é a primeira vez que uma equipe israelense alcança as quartas-de-final em uma competição européia.
A imprensa local afirmava hoje que se a Uefa mantiver a decisão, a partida deverá ser disputada no Chipre.