Jerusalém - O ministro de Esporte, Ciência e Cultura israelense, Matan Vilnaí, viajará quinta a Genebra para tentar convencer as autoridades da Uefa a voltar atrás em sua decisão de suspender até nova ordem todas as partidos da competição européia marcadas para Israel.
A Uefa tomou essa decisão por causa do agravamento do conflito entre israelenses e palestinos, quedeixou dezenas de mortos dos dois lados nas últimas 48 horas.
O primeiro jogo afetado pela decisão é o que deveria ser disputado entre o Hapoel e o Milan em Tel Aviv no dia 14 de março, pelas quartas-de-final da Copa da Uefa e que será transferido para um campo neutro a ser escolhido nos próximos dias.
Vilnaí tentará manter o jogo no estádio Bloomfield de Tel Aviv. O jogo, cujos ingressos já começaram a ser vendidos, tem grande importância neste país por tratar-se da primeira vez que uma equipe israelense chega às quartas-de-final de uma competição européia.
Gerhard Aigner, diretor-chefe da Uefa, comentou hoje que comunicou a decisão à Federação Israelense de Futebol e aos dois clubes e que ela foi tomada após um acompanhamento da situação "durante meses" e é justificada pelo fato de a violência ter chegado a Tel Aviv.
A Uefa autorizou na semana passada a realização da partida das oitavas-de-final entre o Hapoel e o Parma em Tel Aviv, depois de receber garantias de segurança por parte do Governo israelense, mas a situação piorou consideravelmente nos últimos dias.
Na polêmica questão sobre a disputa do próximo jogo do Hapoel intercederam também o primeiro-ministro, Ariel Sharon, e o ministro das relações Exteriores, Shimon Peres.