Rio de Janeiro - O atacante Ronaldo evitou nete sábado, tomar uma posição a respeito da polêmica que envolve Romário e suas repetidas ausências nas listas de convocação da seleção brasileira, dizendo que só está preocupado em garantir seu próprio lugar.
Apesar de silêncio sobro Baixinho agora, Ronaldo já chegou a dizer que sonha em fazer a dupla de ataque do Brasil na Copa de 2002 ao lado do Baixinho.
Romário é um jogador extraordinário, mas somente o técnico (Luiz Felipe Scolari) pode opinar se ele será necessário ou não na Copa do Mundo da Coréia do Sul e do Japão, declarou Ronaldo em entrevista coletiva no Rio de Janeiro.
Demonstrando mais humor do que seriedade, o jogador do Inter de Milão disse que seu maior problema atual é assegurar a sua escalação na seleção brasileira.
Ronaldo recebeu a notícia de que os médicos da seleção o consideram completamente recuperado da lesão muscular sofrida em dezembro do ano passado.
O jogador também ficou sabendo que os especialistas deram sinal verde para a sua possível convocação para o amistoso entre Brasil e Iugoslávia, que será disputado no dia 27 de março.
"Agora só falta Scolari me convocar", disse o atacante.
Depois de ter passado quase dois meses se recuperando no Rio de Janeiro, Ronaldo voltará amanhã para a Itália, com a esperança de voltar a jogar pelo Inter na próxima semana. "Preciso voltar a jogar", afirmou.
Diante da insistência dos jornalistas, Ronaldo reiterou que o problema de Romário deve ser solucionado pelo técnico.
Aos 36 anos de idade, Romário é o maior artilheiro em atividade do futebol brasileiro.
Em 2001, ele foi o artilheiro do campeonato brasileiro e atualmente está em segundo lugar no torneio Rio-São Paulo.
Apesar dos inúmeros gols e da forte pressão da torcida e da imprensa, Scolari não tem convocado o jogador para a seleção.
Segundo declarações feitas pelo técnico na sexta-feira, os brasileiros têm que entender que a equipe não depende apenas de um jogador, mas da formação de um grupo homogêneo.
No que pareceu ser uma mensagem direcionada a Romário, Scolari disse que quando "todos entendermos" que devemos estar dispostos a fazer sacrifícios, convocaremos o jogador "A, B ou C".