São Paulo - O menor P.G, que atirou a bomba na torcida santista, já teria recebido um prêmio da Unesco. Segundo o pai do garoto de 15 anos, o reconhecimento veio por um trabalho escolar que falava sobre a "paz no mundo".
"As imagens da TV foram abusivas porque condenaram um menor de idade", reclamou William Giosessi, que afirmou ser professor da rede escolar carioca.
Depois de prestar depoimento à promotora Ana Paula Trindade, da Vara da Infância e do Adolescente, o adolescente foi liberado para voltar ao Rio de Janeiro. Em sua defesa, ele disse que apenas devolveu o artefato atirado pela torcida do Santos.
A juíza da Infância Elizabeth Lopes Freitas deve ainda proferir sentença de serviços comunitários ao menor torcedor do Botafogo, que estuda em escola particular e está no segundo ano do ensino médio.
Giosessi disse que o filho foi à Vila Belmiro sem o conhecimento dos pais. "Só ficamos sabendo quando vimos a imagem dele na televisão, o que foi um absurdo", assegura o responsável.
O pai do garoto não descarta a possibilidade de processar a Rede Globo pelas imagens mostradas para todo o Brasil. Segundo ele, a emissora deixou o filho à mercê do julgamento público.