Rio - Oswaldo de Oliveira e Evaristo de Macedo precisam montar um quebra-cabeça antes do clássico: armar esquemas para anular Felipe e Roger, destaques de Vasco e Fluminense no Torneio Rio-São Paulo, e responsáveis pela qualidade do meio-campo dos times.
Motivo de preocupação dos treinadores, os meias não vivem um clima de rivalidade. Algo bem diferente do que aconteceu quando eram crianças. Felipe e Roger foram companheiros de futsal no Vasco e disputavam uma vaga no time.
"Já jogamos juntos no futsal, quando tinha 7 anos. O Roger era um ano mais novo do que eu e o Pedrinho e disputava a posição".
Na verdade, Roger era reserva de Felipe e Pedrinho naquela época. "Um ano nessa idade faz muita diferença. Mas ele sempre jogou acima da sua categoria", lembrou ele, que lamenta não ter mais a companhia do amigo em campo.
"Hoje ele poderia ficar mais na frente e eu corria para ele. Arrumávamos um lugar para os dois", brincou.
Após 18 anos, Felipe e Roger estão de lados opostos, mas o respeito cresceu ao longo do tempo. "Ele é um jogador de extrema habilidade, que cria as jogadas para os atacantes. Tem uma visão de jogo acima da média e é preciso ter atenção na marcação", disse Felipe.
"Não tem essa de duelo. O Felipe está com a vida ganha e eu estou começando agora", brincou Roger.
Com nove gols no Rio-São Paulo, o apoiador tricolor sabe da importância em vencer o duelo para manter o Fluminense vivo na luta pela vaga. "Uma vitória vai diminuir a vantagem do Vasco na tabela. Vai ser a nossa sina daqui para frente no Rio-São Paulo: cada jogo, uma vitória".