São Paulo - Nos últimos dois anos, o São Caetano se acostumou com o título de "queridinho" entre os clubes brasileiros. A fama era justificada por um futebol ofensivo, temperado com muitos gols. Com o início de 2002, o São Paulo tirou o título do Azulão com um futebol envolvente comandado pelo trio goleador França, Kaká e Reinaldo.
Neste domingo, às 16h, no estádio Anacleto Campanella, São Caetano e São Paulo fazem o encontro dos queridinhos, com promessa de futebol ofensivo para a torcida. Afinal, o Azulão precisa da vitória para continuar com chances de classificação à fase semifinal do Torneio Rio-São Paulo e o Tricolor busca a reabilitação da derrota no clássico para o Palmeiras.
“O São Caetano sempre foi um time que jogou aberto, pelas características do seu técnico, mas a necessidade de vitórias deles é muito grande. Acho que teremos os contra-ataques”, acredita o meia Kaká.
Mas não é só para a equipe do ABC que a partida é decisiva. Para os são-paulinos, um resultado positivo é importante para restaurar a confiança abalada com a quebra da seqüência de sete goleadas consecutivas da equipe.
“Se não vencermos o São Caetano, corremos o risco de perder tudo o que fizemos até agora”, alerta o atacante Reinaldo.
Por "conquista", entenda-se o reconhecimento do São Paulo como a equipe de futebol mais bonito do Torneio Rio-São Paulo. “Essa badalação em cima do São Paulo é normal porque é um time que está jogando bonito e estava na liderança. Quando o São Caetano chegou às finais, todo mundo só falava do São Caetano. Agora é a vez do São Paulo”, acredita o volante Marcos Senna, do São Caetano.
Os sentimentos que o Tricolor e o Azulão despertam podem ser semelhantes, mas dentro de campo os estilos são diferentes. “O São Paulo é taticamente diferente do São Caetano, até pelo potencial do trio de atacantes. A força do São Caetano está no conjunto”, analisa o técnico Nelsinho Baptista.