Curitiba - Os últimos acontecimentos no Coritiba depois da eliminação da Copa Sul-Minas atingiram em cheio a cabeça de Joel Santana. O fato de ter ficado um dia na corda bamba mexeu com o ânimo do técnico e, principalmente, o desgastou no comando do time.
Agora, Joel não goza do mesmo prestígio com a diretoria, que realizou diversas reuniões para decidir se iria demiti-lo. Entre a torcida, a cabeça do técnico já foi pedida há tempos. E a prova de que as coisas também não vão bem com o elenco foram as declarações do próprio Joel, dizendo que o time não cumpria em campo o que ele determinava.
As evidências do enfraquecimento de Joel não param por aí. A diretoria ainda não deu uma palavra definitiva sobre a permanência do treinador e espera um relatório da comissão técnica propondo soluções para a equipe.
"O Joel ainda está passando por uma avaliação. Dentro de uma semana os técnicos entregarão um relatório do que está errado e propondo uma saída", diz Domingos Moro.
Joel Santana, por sua vez, prefere não comentar sua situação depois de ressuscitar no comando do time coxa-branca.
"Não fico preocupado com isto. Só fico chateado com o resultado que tivemos", responde evasivamente o técnico do Coxa, que passou uma segunda-feira negra por causa de sua comentada demissão. "Passei o domingo e a segunda-feira muito mal. Estava chateado e não cheguei a sair de casa de vergonha. Sempre trabalhei em times que buscavam títulos".
A situação delicada do técnico coxa-branca é mais uma das incógnitas do futuro do clube. Ainda não existe a certeza se, nas próximas três rodadas da Copa Sul-Minas, os pratas-da-casa serão mais aproveitados, nem se mais jogadores serão liberados pela diretoria.
O contrato de Joel Santana com o Coritiba vale até o final de 2002 e contém a cláusula de rescisão.