São Paulo - Em um Corinthians que joga com três atacantes, o meia Ricardinho aparece como vice-artilheiro do time na temporada, com oito gols. Média de um gol a cada dois jogos (Ricardinho jogou 16 vezes em 2002) faz ele ter o melhor início de temporada desde que chegou ao clube, em meados de 1998.
Ricardinho, hoje, é o capitão do Corinthians, cobra pênaltis, bate faltas (marcou o primeiro gol desta maneira pelo Timão este ano), enfim, é o dono da bola no Parque São Jorge em 2002. Será? Não é a opinião de um modesto Ricardinho.
"Não é bem assim. Não acho que tenha toda essa responsabilidade no time, mesmo com o bom tempo de Corinthians. É lógico que a experiência dentro do clube talvez aumente um pouco mais a minha parte na divisão de tarefas, mas o coletivo dentro do futebol é o mais importante", diz um jovem, mas ao mesmo tempo experiente, jogador de 25 anos.
Ricardinho não acha que as saídas de jogadores do quilate de Marcelinho (no meio do ano passado) e Luizão (há um mês e meio) sejam fatores preponderantes no aumento do número de gols que vem fazendo.
"Acho que as oportunidades estão aparecendo com mais freqüência, e estou aproveitando. Talvez esteja finalizando melhor também", acredita Ricardinho, que poderia ter nove gols na tabela de artilheiros se não fosse o pênalti perdido contra o Botafogo. Pelas suas contas, foi o terceiro desperdiçado na carreira.
"Havia perdido um quando jogava pelo Paraná e outro, pelo Corinthians, contra o Atlético-PR, na Copa do Brasil de 2001. Mas não tem desculpa para errar um pênalti. Bati mal e pronto", diz ele, que se redimiu logo depois e fez um belo gol de sem-pulo.