São Paulo - Quem chega ao treinamento do Palmeiras pela primeira vez e não conhece Paulo Assunção logo pensa que ele é mais um desses rápidos atacantes de canela fina e dribles curtos. Mas se engana.
"Eu sou volante, pô! Sei que não parece, mas jogo na marcação", diz o “brucutu” de apenas 65 kg e 1,76m.
Mesmo sendo um dos mais franzinos do elenco, o jogador, de 22 anos, tem muito fôlego e disposição. Sem contar a forte pegada no meio-campo, que faz a diferença.
"Quando o Vanderlei Luxemburgo me chamou para conversar, ele queria melhorar a marcação. Entendi perfeitamente e senti que era minha chance de jogar", afirma o volante, que fez seu primeiro jogo em 2002 contra o Fluminense, pelo Rio-SP.
Com seu jeito pacato fora de campo e muito bravo dentro dele, Paulo Assunção conseguiu barrar os experientes, e bem mais avantajados fisicamente, Fernando e Galeano.
"O Paulo Assunção tem boa mobilidade, é forte na marcação e a bola sai bem dos seus pés. Gosto dessa leveza", elogia o técnico Vanderlei Luxemburgo, que pede para o jogador se posicionar bem na frente da zaga.
No início da temporada o jogador passou oito jogos sem ser relacionado para o banco de reservas. O que lhe deu mais força para conquistar seu espaço dentro da equipe.
"Depois de ficar tanto tempo fora do time comecei a trabalhar pensando em permanecer no Palmeiras. Mas a vontade com que treinava foi tanta que acabei ganhando uma vaga de titular", lembra o atleta, que foi criado nas categorias de base do Verdão e logo emprestado para o Porto, de Portugal.
O técnico Luiz Felipe Scolari, quando dirigia o Palmeiras, em 1999, foi quem mais incentivou Paulo Assunção a jogar como volante.