Rio - Flamengo e São Caetano vivem momentos bem diferentes. O Azulão foi vice-campeão brasileiro nos dois últimos anos, está classificado para a próxima fase da Libertadores, figura entre os primeiros no Torneio Rio-São Paulo, está em paz com sua torcida e é um exemplo de administração.
Já o Rubro-Negro lutou desesperadamente contra o rebaixamento no último Brasileiro, teve uma eliminação precoce na Libertadores deste ano e realiza um campanha pífia no Rio-São Paulo, sem chances de classificação. Há duas semanas teve que enfrentar a fúria de seus torcedores, que invadiram o treino ameaçando os jogadores, e seu presidente está envolvido em vários escândalos, sofrendo forte pressão para renunciar.
Pela tradição e a história dos clubes, é difícil imaginar uma situação tão antagônica. Mas a realidade é esta. Desde que Jair Picerni assumiu o São Caetano, em março de 2000, o Flamengo já trocou de técnico sete vezes. O maior salário da equipe paulista é do meia Aílton: R$ 60 mil. No Flamengo, o desconhecido zagueiro Flávio recebe R$ 40 mil e Petkovic, cerca de US$ 220 mil.
"O Flamengo é um grande clube. Independentemente da sua fase, é sempre um adversário difícil. O segredo para vencer é marcar bem e sair com segurança", disse Jair. "Será ótimo enfrentar um time forte e arrumado. Vamos provar nosso valor", respondeu Carlos César.
Será um confronto entre Davi e Golias. Só é difícil conseguir identificar quem é quem.