Rio - A altitude de 3.200m de Cuzco, no Peru, é um adversário mais temido do que o Cienciano, clube local que o Grêmio enfrentará nesta quarta-feira, pela Copa Libertadores da América – e que já derrotou por 2 a 0, em Porto Alegre, no jogo de ida.
O Tricolor está desde a segunda-feira em Lima, a capital peruana, e só se deslocará amanhã para Cuzco, sete horas antes da partida, marcada para as 21h40 deBrasília.
Na semana passada, o elenco gremista se submeteu a testes no GO2, simulador de altitude de fabricação australiana cedido pela Universidade de Santa Maria, do interior gaúcho. Desde então, os jogadores aumentaram o consumo de carboidratos – massa, feijão, arroz –, mas a partir desta terça-feira passam para refeições mais leves.
O zagueiro uruguaio Pablo Hernandez, de 26 anos, substituto do lesionado Anderson Polga (o único desfalque da equipe), foi o que melhor se saiu nos testes no GO2, junto com o veterano Valdo, de 37 anos.
Um dos médicos do Grêmio, Fábio Krebs, acha que Pablo Hernandez tem melhores condições de suportar os males da altitude por ter atuado no futebol mexicano anos atrás – jogou no Tigres e no Pachuca. Mas o especialista em medicina esportiva João Zanini Filho discorda.
Segundo Zanini, um dos coordenadores do controle antidoping da CBF e da Conmebol, passados sete dias qualquer organismo estará readaptado às condições do nível do mar.
O Grêmio precisa apenas de um empate para garantir classificação à próxima fase da Libertadores. A equipe está escalada com Eduardo Martini, Pablo Hernandez, Mauro Galvão e Róger; Anderson Lima, Claudiomiro, Tinga, Zinho e Gilberto; Luís Mário e Rodrigo Mendes.