Rio - O Fla-Flu, clássico mais charmoso e colorido do Brasil, domingo, às 16h, no Maracanã, tem duas facetas que traduzem os 91 anos de históricos dos confrontos: um Flamengo eliminado que aposta em sua geração Turma da Xuxa para surpreender – sete jogadores debutam no clássico – e um Fluminense, com o ídolo Roger & cia, na luta para sobreviver no Torneio Rio-São Paulo.
E entre os franco atiradores da Gávea e os cheios de responsabilidade das Laranjeiras, as esperanças nos pés dos jovens Andrezinho e Júlio César.
Criado nos corredores da Gávea, Andrezinho, de 18 anos, reconhece que o Rubro-Negro atravessa grave crise, mas, ao mesmo tempo, acredita que a saída é silenciar a parte tricolor no Maracanã, que promete ser maioria.
"É uma sensação maravilhosa calar a torcida adversária. Ainda mais que andam falando que o Fluminense é favorito, que vai golear. Estão duvidando do nosso potencial".
Se Andrezinho debuta em Fla-Flu, Júlio César sabe de cor e salteado a alegria de deixar o Maracanã como salvador da pátria. Em 99, marcou um gol na vitória de 2 a 0 sobre o Flamengo. Um dia inesquecível para um garoto que começava a desenhar a carreira. Mas nem por isso, o atacante, em alta com a torcida, usa discurso recheado de rivalidade.
"Não vai ser fácil, mesmo o Flamengo passando por momento ruim. Este clássico é muito importante para o Fluminense", afirma.
Apesar da experiência do Tricolor, o destemido Andrezinho aposta na personalidade dos companheiros.
"Temos que vencer na disposição e na personalidade", diz.
Já Júlio César diz que o Flu precisa respeitar os jovens rubro-negros. "Os jovens vão querer mostrar serviço para serem titulares nas próximas competições", alerta.