São Paulo - É comum ouvir dizer que clássicos são decididos em detalhes. Neste domingo, Wanderley Luxemburgo e Carlos Alberto Parreira travam um duelo à parte no Morumbi para saber qual deles encontrará esses detalhes no confronto entre Palmeiras e Corinthians, jogo que vale a liderança do Rio-São Paulo.
Já nas declarações durante a semana os treinadores travaram um duelo verbal. “Em um clássico, tudo que você puder esconder do adversário é benéfico”, dizia Luxemburgo, enquanto do outro lado Parreira desdenhava.
“Meu time esta aí. Não tenho o que esconder”, falava o técnico corintiano, para depois admitir que, mesmo mantendo a base, em um jogo como o de hoje ele deve mudar detalhes na forma do Timão atuar.
Luxemburgo vai tentar coibir de todas as maneiras os avanços do lateral-esquerdo Kléber. Para isso, vai “colar” Magrão no jogador. Christian e Alex não terão obrigação de marcar e ficarão esperando para receber a bola recuperada após as subidas do “pivô” corintiano Fabrício.
“Conheço os jogadores do Corinthians e sei as características deles, mas não posso marcar a improvisação de um drible, uma jogada individual”, desconversa Luxemburgo.
Parreira diz que seu time não tem segredos, mas também não revela os detalhes que pode modificar na forma do Corinthians jogar. Mas a preocupação dele é parecida com a de Luxemburgo, mudando apenas o lado da lateral: os cruzamentos precisos de Arce.
“É muito difícil impedir esses cruzamentos. Temos que estar preparados dentro da área”, afirma Parreira.