São Paulo - No começo do ano, o técnico Nelsinho Baptista disse que pretendia utilizar o meia Júlio Baptista, o "Tanque Tricolor", como segundo volante nesta temporada. Mas, apesar de contar com Dill e Sandro Hiroshi no elenco, o treinador mudou de idéia e passou a utilizar Júlio Batista como atacante nos treinos.
Foi nessa posição que Júlio Baptista entrou contra o Santos. A equipe cresceu de produção e o jogador tem agora a oportunidade de começar uma partida como titular jogando ao lado de França, graças à suspensão de Reinaldo pelo terceiro amarelo.
A mudança de posição não incomoda o antigo meia. Pelo contrário, ele terá a oportunidade de jogar na sua posição de origem. "Quando comecei no infantil jogava de atacante. O Pita (ex-jogador e ex-treinador de categorias de base do Tricolor) me mudou porque tinha muitos atacantes. Ele disse que poderia aprender muito se jogasse como volante", recorda Júlio Baptista.
Na época, os outros atacantes da equipe eram Oliveira, Leandro e Renatinho. Nenhum deles conseguiu se firmar no clube.
O técnico Nelsinho Baptista diz que sua intenção é aproveitar o biotipo e a velocidade de Júlio, já que o clube não tem um outro atacante com as mesmas características. E o treinador acredita que o jogador pode se dar bem na nova função. "Faz tempo que estamos trabalhando com ele nesta posição e acho que ele pode ser útil. Ele tem força física e muita velocidade", analisa.
Para não se tornar presa fácil para os marcadores da equipe do Vasco, Júlio Baptista já tem na ponta da língua o que terá de fazer na partida. "Tenho que me movimentar bastante. Assim fica difícil para eles. A expectativa de jogar e ajudar ao São Paulo é grande", afirma.
O são-paulino lembra, porém, que o time não pode se precipitar nesta primeira partida. "É um jogo de 180 minutos", diz Júlio Baptista, lembrando que a partida de volta acontece no Morumbi.