Ímola – O brasileiro Rubens Barrichello tratou com desprezo as notícias segundo as quais a Ferrari disse a ele para aceitar uma redução de salário se quiser permanecer na equipe no próximo ano.

``Eu acabei de ouvir isso de (o diretor técnico) Ross (Brawn)'', disse Barrichello em entrevista à imprensa na quinta-feira, em Ímola, onde no domingo acontece o Grande Prêmio de San Marino.

``É uma grande besteira, nem vale a pena comentar. Eu estou aqui para correr e a Ferrari me mantém na equipe porque gosta de mim pilotando o carro e vice-versa''.

``Se eles não gostam de mim aqui, vão me dizer para ir para casa ou encontrar uma outra equipe. Mas uma redução de salário? Por quê? O que eu fiz de errado? Nas três primeiras corridas eu estava liderando quando tive problemas'', completou.

``É alguém que não tem nada a ver inventando essas coisas. Eu nunca disse (a ninguém) qual é o meu salário e ninguém vai ficar sabendo''.

Barrichello ainda não marcou nenhum ponto neste ano depois de abandonar as três primeiras corridas da temporada. Ele largou na pole na Austrália, mas saiu na primeira curva após uma colisão com Ralf Schumacher. Na Malásia seu motor estourou e no Brasil teve um problema hidráulico.

O contrato de Barrichello com a Ferrari acaba no final da temporada, enquanto que o de Schumacher dura mais dois anos, e já há várias informações sobre quem vai substituir Barrichello.

O estreante Felipe Massa, da Sauber, brasileiro de apenas 20 anos, é um dos pilotos que tem sido citado pela mídia.

Outra notícia, negada pelo diretor de esportes da Ferrari Jean Todt na quinta-feira, dá conta de que o colombiano Juan Pablo Montoya sairia da Williams para substituir Schumacher.

Schumacher, em busca de seu quinto título da Fórmula 1 e falando ao lado de Barrichello na entrevista à imprensa, deixou claro que não tem planos de se aposentar.

Montoya, que bateu em Schumacher nas últimas duas corridas, disse com indiferença que pode se interessar pela Ferrari um dia, mas que está contente onde está. ``Estou contente no momento, é preciso ver as coisas ano a ano'', disse o colombiano

Reuters