Virada de mesa na Segundona é "cretina", diz especialista
São Paulo - O advogado especialista em legislação esportiva, Marcílio Krieger, disse na primeira edição desta sexta-feira ao Terra Esportes TV que está indignado com a decisão do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) de inverter o placar da partida entre Figueirense e Caxias, pela final da Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro de 2001. A equipe catarinense havia vencido por 1 a 0.
“O que o Tribunal decidiu? Inverteu o placar e deu um gol ao Caxias que não existiu? Isso vai contra o regulamento da Fifa”, esbravejou o especialista.
O Tribunal resolveu decretar a vitória ao time gaúcho devido à invasão da torcida no gramado, 70 segundos antes do final da partida. O árbitro Alfredo Loebling foi suspenso por 180 dias, e o presidente afastado da Comissão Nacional de Árbitros, Armando Marques, que teria pedido ao juiz que alterasse a súmula do jogo, foi absolvido.
“É tão cretina essa decisão. O árbitro colocou na súmula que ele encerrou a partida. E isso não foi discutido, portanto não houve suspensão do jogo. No 2º julgamento, os auditores alegaram que o Armando Marques teria induzido o Alfredo dos Santos Leobling a anular a súmula. Mas o Tribunal absolveu o Armando. Portanto, ninguém induziu ninguém e a súmula não foi alterada”, explicou o advogado.
“Com esse Tribunal de Justiça, nós não precisamos mais de carnaval no Brasil”, finalizou. |