São Paulo - Para terminar a primeira fase do Rio-São Paulo com a melhor campanha, um empate basta ao Palmeiras contra a Ponte Preta, domingo, em Campinas. A julgar pelos últimos dez jogos, é o pior que pode ocorrer com a equipe do técnico Vanderlei Luxemburgo.
Desde o dia 7 de fevereiro, quando perdeu para o ASA-AL por 1 a 0 em Maceió, o Palmeiras não sabe o que é perder: foram sete vitórias (seis pelo Rio-São Paulo e uma pela Copa do Brasil) e três empates (Portuguesa, Jundiaí e Corinthians).
Para os jogadores, a invencibilidade do Verdão tem uma razão evidente: o entrosamento do time.
"Esse é o trabalho que vem sendo feito pelo Vanderlei, que tem trabalhado muito a parte psicológica do time para a gente jogar um futebol solidário, um ajudando o outro", afirma o volante Claudecir, que se tornou titular do meio-de-campo durante a série invicta, na vitória por 4 a 2 sobre o São Paulo.
"Quando o time está entrosado, com um ajudando o outro, fica difícil perder", acredita o atacante Itamar, fazendo coro ao volante.
Claudecir não foi o único a se encaixar na equipe titular durante o período de invencibilidade. Foi durante a série que Vanderlei Luxemburgo conseguiu achar uma solução para a cabeça-de-área, fixando o jovem Paulo Assunção e pondo o experiente Galeano na reserva, e para a lateral esquerda, posição mais carente do Palmeiras. O técnico improvisou o lateral-direito Daniel no setor.
"Não tem nenhum segredo (para a invencibilidade). Você só tem que trabalhar... Quem perde sai da competição e o nosso objetivo é o título", simplifica Luxemburgo.
"O meio-campo se acertou. Claudecir e Paulo Assunção entraram bem e se firmaram na equipe. Além disso, o time pôde repetir a mesma formação em quase todos os jogos. Isso facilita o trabalho", explica Alex.
O zagueiro Leonardo, que ganhou a posição de titular na última partida, também lista seus motivos."O time tem entrado sempre com muita vontade e fazendo marcação forte", diz.