São Paulo - A morte do torcedor da Gaviões da Fiel Vágner Augusto da Silva, 20 anos, espancado por torcedores da Mancha Alviverde, deixou o clima tenso entre as duas torcidas.
O torcedor foi agredido em briga na Marginal Pinheiros, logo após o clássico entre Palmeiras e Corinthians no último domingo. Ele ficou cinco dias internado, não resistiu aos ferimentos e morreu na quinta-feira.
"Foi uma coisa de gente covarde, animais. Tinha sangue saindo pela boca, pelo nariz, olhos. Fiquei chocado. Cento e onze torcedores da Mancha de Guarulhos estavam em um ônibus na Marginal. Foram detidos, mas como não havia testemunhas, a delegada que cuidou do caso achou melhor liberá-los. A não ser com denúncias, dificilmente os culpados serão pegos", disse o Major Marinho, responsável pelo policiamento.
A tragédia deixou muitos integrantes da Gaviões revoltados. Os diretores da torcida classificaram o episódio como "monstruoso", mas descartaram represálias. O que a organizada quer é que isso não aconteça mais. A torcida solicitou que a partir de agora, os ônibus da Fiel sejam escoltados na saída dos estádios.
"A ordem era escoltar, mas como, às vezes, ninguém volta com o ônibus, isso não estava mais sendo feito. Mas se aconteceu essa falha, não irá mais acontecer", disse Marinho.
Questionado, Paulo Serdan, presidente da Mancha, condenou o episódio e falou até em fechar a torcida.
"Nossos ônibus estavam escoltados, foi um incidente isolado. Mas é triste demais. Não vejo mais luz no fim do túnel. Tem 100 que querem fazer uma coisa e 300 que querem outra", lamentou, também defendendo a paz entre a Mancha e a Fiel.
O tel. do Disque-Denúncia é 0800-156315.